quarta-feira, 24 de março de 2010

Eu, o guia dos desgraçados

Eu, tenho uma bomba em mãos
Mas não pretendo morrer sozinho
Ponho aqui a disposição
Para todos que pretendem
Seguir o meu caminho
Colocar-se diante do destino
Pronto para dar fim a este desatino.
Enfrentar sem lamúrias as atrocidades
Haverá de ser nosso compromisso
Desajuizados que somos
Não lamentarão, por fim, nosso sumiço.

Se arrependimento existe no coração
Aos olhos transmitirá seu temor
Como diabo que foge da cruz
Partirás, enfim, por caminhos que não sejam os nossos
Pois, só nós, desgraçados que somos,
Temos o direito de enxergar a luz.

Marcos Diego Correia

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