quarta-feira, 16 de junho de 2010

Não sei dar nome a sentimentos

Eu odeio o mundo moderno!
Não me entenda mal, por favor.
Não sou idoso e mal vivi minha vida
Mas do alto de minha pouca idade e breve conhecimento do mundo
Eu acredito fielmente que em tempos anteriores
O ser humano não foi tão inútil e idiota.

Todos os dias nós acordamos e pomos na cabeça
A afirmação que somos algo que não somos:

Sou pintor, e hoje farei meu trabalho
Sou cantor e hoje farei meu trabalho
Sou jornalista e hoje farei meu trabalho
Sou advogado e hoje farei meu trabalho
Sou médico e hoje farei meu trabalho...

Eu sou o nada.
Delimito-me justamente onde começa o infinito e não pretendo ir muito mais adiante!

Eu vejo pessoas fazendo coisas que não queriam fazer
Em lugares que não deveriam e não queriam estar.

Eu me sinto bem à vontade quanto ao lugar onde estou
Não pretendo nada, aliás, está aí o problema de tudo
Pretender!

A pretensão é a inimiga número um da paz de espírito
Somos todos inquietos quando pretendemos algo
Ninguém nunca está satisfeito com o que tem
Se sempre pretende algo

Eu ouço todos os dias as pretensões de pessoas que não podem pretender
Mas dão suas vidas por sempre quererem mais e mais e mais e mais...

Não me entenda mal, meu desprezo não é para todos, só para os que dizem ser algo, mas na verdade não são nada!
Cá estou eu, consciente de onde estou e de onde vou.
Lugar algum é muito melhor do que ilusão!