sábado, 28 de agosto de 2010

Acordar

Chegam as sombras ao cais de meu amor.
Tudo nublado a escorrer minhas emoções,
Tão distintas de tudo.
Ontem eu sabia que num vaso de flores havia um perfume,
Ontem eu busquei minhas cores e as pus em seus devidos lugares
Ontem eu nem sabia que estava sob as sombras, em meu cais.

Onde tudo foi parar, não é digno de ciência humana.
Houve zunidos infinitos onde os montes se calam.
Uma fúria temerosa e horrores indizíveis
Já sabiam eles que os ventos sempre mudam seus rumos
Sempre abalam pilastras mal fincadas na terra.

E onde eu quero chegar não há vielas para me guiar
No sonho não havia paixão, cores ou mesmo perfume
Só me restavam o vislumbre do que eu não alcançaria nunca.

Meu desejo se tornou forte e a dor me fez ruir.
Foram-se os aromas e os lírios,
Os rios e seus caudalosos braços sem fim,
Meus pés surgiram e eu nunca mais dormi novamente.

E não só as flores sumiram
As lágrimas secaram junto com toda a dor!!

2 comentários:

Cibele de Carvalho disse...

minha nossa! não sei o que houve, mas sua poesia tá linda.

Anônimo disse...

lindo lindo maravilhoso brutal ....
Sao apenas palavras que definem o seu potencial.....