terça-feira, 1 de abril de 2008

O Hábito de morrer

Cidadãos e cidadãs de todo o mundo, eis a morte! Seria estranho ouvir isso da boca de um político, vocês não acham? E qual seria a melhor forma de aplacar um terror iminente de morte? A duas semanas atrás, o interior do estado de Sergipe vivia dias de pânico, pânico esse causado por um sujeito de apenas dezessete anos de idade, muita coragem, esperteza e ousadia. Será que ele queria ser uma espécie de "Neo Lampião"? Bom, provavelmente ele queria apenas se divertir e sair ileso de todos os crimes que cometera. Seu apelido, um tanto quanto hilário, é "Pipita". Nascido no município de Tomar de Geru, ele simplesmente tocou terror em todos os moradores do interior da boa terra. Assaltou, estuprou várias mulheres, fez simplesmente o que quis e o que bem entendeu. A polícia foi noticiada de seus crimes em Agosto passado, segundo foi dito pela prefeita daquela cidade: " Em agosto de 2007, quando o denunciei a secretária de segurança publica, ele já tinha estuprado 8 mulheres aqui na cidade". Segundo ela, não foi dada a devida importância ao caso e o Neo Lampião, intocado em meio a mata, sequestrou, matou e aterrorizou Sergipe. O fato interessante disso tudo, é que rolaram boatos por todo estado que diziam que a polícia queria matá-lo e não prendê-lo. Xiiiiii! onde está a ética policial?

No fim do caso ele realmente foi morto, logo após ter sido "foiceado" por um agricultor, que com medo do meliante passou a foice sem dó.O cidadão ainda conseguiu fugir, mas a polícia o encontrou mais adiante e ele foi morto logo após uma troca de tiros com os policiais. É meus caros amigos, se não fosse a ação desse pobre homem, provavelmente, até hoje pipita estaria à solta por aí, embrenhado no meio do mato.

Logo depois a sua morte, muito foi dito sobre o caso, mas o fato é que ninguém sabe ao certo o porquê dessas atitudes que ele tomava. Seu corpo logo foi encaminhado para o IML, de lá ele voltou pra Tomar do Geru, para ser enterrado. Aí está o cômico, a cidade simplesmente parou pra ver o enterro daquele que eles não queriam nem ver pintado de ouro. Foi realmente um "acontecimento" na cidade.

O interessante de se ver esse caso, é que geralmente, pelo que se sabe, as pessoas que vivem no interior tendem a serem muito mais religiosas e conservadoras. Isso seria mais uma consequência da banalização da violência que vem ocorrendo no país nos últimos anos? Provavelmente sim, pois, todos os dias a televisão nos bombardeia com um trilhão de noticías sobre morte por assassinatos, sobre o tráfico de drogas, volência no trânsito, etc.

Onde estão os bons costumes, e a moral por onde anda? Pipita era apenas um adolescente e causou tanto estrago. Bom, seguem, por parte da imprensa, o bombardeio de noticias e de declarações sobre o caso, as pessoas se vêem aliviadas com a morte de Pipita. Criou-se o Hábito de morte, no estado de Sergipe.

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