segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Sentenças

“Do tempo em que andei gritando de dor,
Meu coração esvaneceu-se na solidão,
Minha mente sucumbiu à tristeza e morri cravado ao chão.”

Pensamentos fugiram; minha visão? Ah, meus meus olhos banharam-se com o negrume do esquecimento. Já disseram que os poetas, assim como os mortos, enxergam no escuro, mas nunca falaram que esses, deferente daqueles, morrem por um sentimento; por um abandono.

“ Meus gritos nunca foram ouvidos, já meus sussurros páiram no tempo como se fossem as propriedades eternas da matéria.”

Pútrido!

Corri meus olhos pelo fim, lá só encontrei o imenso abismo que dá no Nada. Afinal de contas, o Nada é fim de alguma coisa? Há limites para o Nada? Honestamente, no fim deveria haver uma prateleira, assim como nos super-mercados. Nessa prateleira ficaria exposto tudo aquilo que poderíamos escolher para vivermos nossa eternidade. Só seremos eternos apartir do momento em que criarmos conciência de que no fim só há o Nada. É impossível passar do Nada para alguma coisa, afinal de contas o Nada está no limite do fim.

Deixo bem claro aqui, que fui até o Nada e comprovei que ao contrário do fim o Nada não tem limite, mas delimita seu antecessor.

SENTENÇAS
Limite do fim? Nada!
Fim do nada? ...

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