terça-feira, 21 de junho de 2011

Uma Canção para Rosemay

Só não sei por onde começar um consolo em um coração que está sofrendo. Algum gigante da vida certa vez me disse que um homem encontra num coração feminino apaixonado seu mais perfeito campo de batalha. Uma folha em branco é para um poeta como um prato de comida é para um esfomeado mas uma folha toda rabiscada é o meio por onde percorrem os grandes! Foi assim que senti o fraco tilintar dos batimentos de minha querida Rosemay. Poderia ser uma fatalidade pessoal mas é um mal comum e o mais terrível de todos, incurável, intratável e insuperável... Rosemay leva um brilho diferente consigo e não abre mão de encantar a todos com ele: Aquele maldito sorriso há de amaldiçoar muitos corações certo dia! Convenhamos que não posso tê-lo pra mim, contento-me em apreciá-lo em ação e parto ao ataque com piadas delirantes e historinhas desconexas da sensatez. Ela adora, e me pede mais, eu não sou tão cruel e nem tenho tamanha força para resistir ao seu pedido e acabo por me travestir em um belo clone de Woody Allen, onde ponho em prática toda minha ironia e sarcasmo a favor do prazer ver e ouvir o maldito sorriso. Você não entende como eu sofro, e a minha decisão não vai ser aceita por muitos. Rosemay teima em não ser feliz por si só e quer sempre aceitação. Mal sabe ela que nós outros é que buscamos sua atenção. Rosemay me diz que ama Augusto Cury eu lhe conto que quando preciso de ajuda, vou na fonte do velho safado e bebo uma dose de whisky, cultivo as melhores uvas e produzo meu próprio vinho com apenas cinco reais no bolso. Rosemay, seu coração está partido, mas ainda existe. Não nos prive de senti-lo batendo ferozmente. A vida é ruim mas há sempre uma manhã de domingo em que a ressaca nos consome e nos lembra que estamos vivos a querer expelir vermes e biles, amores e paixonites, canções e poesias. Viu, eu posso ser melhor que Augusto Cury!

Sorria Rosemay.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oie meu querido... Você realmente sempre me surpeende.. Muito obrigada pelas palavras.. só não sabia que transformava nossas conversas em poemas, pensamentos, mensagens... Muito obrigada por ser Augusto Cury..kkkk

Bjão